
Gráfico: https://www.gate.com/trade/BTC_USDT
Diversos relatórios apontam para uma queda generalizada no mercado de criptomoedas nas últimas 24 horas. O valor global do mercado cripto recuou cerca de 3,5%, situando-se em torno de 3,69 biliões de dólares. Ao mesmo tempo, as principais moedas, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), caíram aproximadamente 2,9% e 4,5%, respetivamente. Para quem está a começar, isto demonstra que a tendência negativa não afeta apenas moedas específicas—todo o mercado está sob pressão vendedora. Surge então a questão: o que está a impulsionar esta queda?
Uma das razões principais prende-se com a alteração das condições macroeconómicas e das perspetivas regulatórias, que penalizam os ativos de risco. Responsáveis da Federal Reserve indicaram, por exemplo, que “os cortes das taxas poderão não ocorrer conforme o previsto”. Esta posição reforça o dólar norte-americano e pressiona os ativos de risco. Simultaneamente, a crescente incerteza regulatória entre plataformas e participantes do mercado agrava a tensão. Uma política macroeconómica mais restritiva ou taxas de juro persistentemente elevadas costumam provocar correções temporárias nas cripto, ativos de elevado risco. Em resumo, não são apenas os fundamentos das moedas que pesam—os fatores externos têm papel determinante.
Após subidas recentes ou expectativas de valorização, muitos investidores poderão já ter realizado ganhos no curto prazo. Como aqui se sublinha, “os investidores estão a realizar ganhos após a valorização”, o que alimenta a pressão vendedora. Paralelamente, o sentimento de mercado passa de “comprar antecipando valorização” para uma postura mais prudente e de observação. Por exemplo, o "Fear and Greed Index" entrou na zona de medo. Quando grande parte dos intervenientes começa a vender ou os meios de comunicação sinalizam “queda no sentimento”, o mercado pode estar a iniciar uma fase de correção.
Além dos investidores de retalho, a atividade institucional também condiciona o mercado. Os relatórios sinalizam movimentos significativos para plataformas de negociação e movimentos de saída dos ETFs, ambos fatores que podem desencadear vendas. Reduzida liquidez traduz-se em menos compradores—assim, quando surgem ordens de venda, as cotações podem recuar rapidamente. Isto evidencia que o mercado não tem uma trajetória sempre ascendente; quando os grandes investidores saem ou permanecem inativos, o risco aumenta. Negociar neste contexto exige prudência acrescida e uma estratégia de saída bem definida.
A queda de hoje no mercado cripto não se deve a uma “má notícia isolada”, mas sim à conjugação de vários fatores: política macroeconómica restritiva, realização de ganhos pelos investidores, fluxos institucionais prudentes e menor liquidez. Se os iniciantes compreenderem estas dinâmicas, não se deixarão alarmar pela perspetiva superficial de “queda do mercado = catástrofe”. Pelo contrário, poderão reagir de forma racional. Saber as causas de uma queda é muito mais valioso do que reagir com pânico.





