Olhem o que estou vendo... O USDT ultrapassou os 300 bolívares no mercado P2P no nosso país. E não, não é apenas um número a mais na caótica economia venezuelana - é o sintoma de um sistema econômico que continua a se desangrar enquanto nossos líderes olham para o outro lado.
Como venezuelano, me ferve o sangue sempre que vejo esses números. O mercado paralelo dispara enquanto o Banco Central mantém sua taxa oficial em uma fantasia de 169 bolívares por dólar. A quem eles pretendem enganar? A ninguém que viva a realidade diária das nossas ruas!
O que mais me frustra é ver como devemos recorrer a plataformas de comércio digital para nos protegermos da voracidade da nossa própria moeda. O bolívar já não é uma moeda, é uma condenação para quem depende de um salário mínimo que se evapora antes de chegar a casa.
A disparidade entre a taxa oficial e o que pagamos no mercado P2P não é "oferta e demanda" como nos querem fazer crer - é o reflexo de uma economia fracturada por anos de políticas desastrosas! Enquanto isso, os comerciantes ajustam os seus preços ao valor mais alto do USDT, tornando a nossa vida quotidiana ainda mais insustentável.
E o que fazemos nós, venezuelanos? Adaptamo-nos como sempre. Compramos USDT embora percamos na comissão, porque sabemos que amanhã o bolívar valerá menos. Vendemos hoje para comprar comida, sabendo que cada transação nos deixa com menos poder de compra.
Esta dolarização digital não é uma escolha - é a nossa única defesa contra uma inflação que nos devora. Não celebro quando o dólar digital sobe; choro pelo que representa: outro prego no caixão da nossa soberania económica.
E enquanto isso, aqueles que poderiam mudar isso continuam no palácio de Miraflores, alheios ao sofrimento de um povo que apenas tenta sobreviver neste labirinto financeiro que nos impuseram.
#USDT #venezuela #crisisEconómica
Ver original
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
¡BASTA YA! O Dólar Digital Quebra a Barreira dos 300 Bolívares na Venezuela
Olhem o que estou vendo... O USDT ultrapassou os 300 bolívares no mercado P2P no nosso país. E não, não é apenas um número a mais na caótica economia venezuelana - é o sintoma de um sistema econômico que continua a se desangrar enquanto nossos líderes olham para o outro lado.
Como venezuelano, me ferve o sangue sempre que vejo esses números. O mercado paralelo dispara enquanto o Banco Central mantém sua taxa oficial em uma fantasia de 169 bolívares por dólar. A quem eles pretendem enganar? A ninguém que viva a realidade diária das nossas ruas!
O que mais me frustra é ver como devemos recorrer a plataformas de comércio digital para nos protegermos da voracidade da nossa própria moeda. O bolívar já não é uma moeda, é uma condenação para quem depende de um salário mínimo que se evapora antes de chegar a casa.
A disparidade entre a taxa oficial e o que pagamos no mercado P2P não é "oferta e demanda" como nos querem fazer crer - é o reflexo de uma economia fracturada por anos de políticas desastrosas! Enquanto isso, os comerciantes ajustam os seus preços ao valor mais alto do USDT, tornando a nossa vida quotidiana ainda mais insustentável.
E o que fazemos nós, venezuelanos? Adaptamo-nos como sempre. Compramos USDT embora percamos na comissão, porque sabemos que amanhã o bolívar valerá menos. Vendemos hoje para comprar comida, sabendo que cada transação nos deixa com menos poder de compra.
Esta dolarização digital não é uma escolha - é a nossa única defesa contra uma inflação que nos devora. Não celebro quando o dólar digital sobe; choro pelo que representa: outro prego no caixão da nossa soberania económica.
E enquanto isso, aqueles que poderiam mudar isso continuam no palácio de Miraflores, alheios ao sofrimento de um povo que apenas tenta sobreviver neste labirinto financeiro que nos impuseram.
#USDT #venezuela #crisisEconómica