Especialistas jurídicos recomendam uma abordagem flexível para a SEC definir tokens como valores mobiliários

O Fundo de Educação DeFi (DEF) enviou uma carta à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (SEC) em 18 de abril propondo cinco princípios fundamentais para criar uma estrutura de "porto seguro de token" para suportar iniciativas de finanças descentralizadas enquanto uma legislação regulatória mais ampla está pendente.

As recomendações visam ajudar a SEC a estruturar uma isenção por tempo limitado para projetos de tokens que se desenvolvem em direção à descentralização, oferecendo um ambiente regulatório que facilita a divulgação sem classificar prematuramente os ativos como valores mobiliários.

Regulação independente da tecnologia

O DEF enfatizou que qualquer porto seguro deve adotar uma abordagem neutra em relação à tecnologia. O quadro deve abordar os riscos das atividades em vez de prescrever regras para modelos específicos de blockchain ou implementações técnicas.

A carta alertou contra a consolidação de tecnologias específicas, afirmando que isso poderia sufocar a inovação se a SEC inadvertidamente favorecer mecanismos de consenso ou designs arquitetónicos específicos.

Em relação à elegibilidade, a DEF argumentou que o porto seguro deveria estar aberto a uma ampla gama de projetos que pretendem descentralizar. Em vez de avaliar o status de um token apenas em seu gênesis, a SEC deveria permitir que tokens já distribuídos se qualificassem, desde que atendam aos objetivos de descentralização.

Argumentou que critérios de elegibilidade abrangentes são necessários para garantir a inclusão de projetos lançados antes de estabelecer um quadro regulatório claro para futuros caminhos de conformidade.

Relativamente aos requisitos de divulgação, o DEF defendeu obrigações cuidadosamente calibradas que equilibrem as necessidades de informação material com as realidades enfrentadas por equipas de desenvolvimento em fase inicial.

O grupo sugeriu divulgações focadas na transparência do código-fonte, na economia dos tokens, nas estruturas de governança, nas atividades da equipe e dos insiders, nas auditorias de cibersegurança e nos roadmaps de desenvolvimento.

A DEF também propôs divulgações periódicas ao longo do período de porto seguro, com consideração dada à simplificação da conformidade através da conectividade API e automação blockchain. Medidas adicionais de conformidade, como períodos de bloqueio para insiders, poderiam ajudar a alinhar incentivos em direção à descentralização sem sobrecarregar os projetos.

Critérios de saída claros

A carta enfatizou a importância de estabelecer um “Teste de Saída” claro que define quando um projeto se descentralizou suficientemente para não ser mais considerado um valor mobiliário segundo a lei dos EUA.

Os critérios chave para passar no Teste de Saída incluirão máxima transparência, participação sem permissões, custódia dos ativos pelos usuários, ausência de controle centralizado, processos de transação totalmente automatizados e a ausência de autoridade econômica retida por qualquer grupo único.

O DEF recomendou um prazo realista para os projetos cumprirem estes marcos, como três a quatro anos. Os projetos que não cumprirem os critérios dentro da janela inicial podem solicitar um período de abrigo seguro prolongado, desde que demonstrem esforços de boa-fé para descentralizar.

Um componente crítico da proposta do DEF envolveu proteções para participantes do mercado secundário.

Enquanto um token permanecer dentro do porto seguro, os intermediários que apoiam a sua negociação, como as bolsas de ativos digitais e os criadores de mercado, não deverão ser obrigados a registrar-se como corretores ou bolsas de valores.

Estrutura abrangente necessária

A DEF observou que isentar os provedores de infraestrutura das regulamentações tradicionais de valores mobiliários reduziria a incerteza jurídica e promoveria uma participação mais ampla nos mercados descentralizados.

Enquanto apoiava a criação de um porto seguro para tokens, o DEF apelou, em última análise, ao Congresso para desenvolver um quadro legislativo abrangente para ativos digitais.

A organização expressou que a clareza legal duradoura deve vir de um estatuto em vez de exceções regulatórias temporárias. No entanto, um abrigo seguro bem estruturado poderia proteger investidores e desenvolvedores enquanto o processo legislativo mais longo se desenrola.

A DEF concluiu a sua carta comprometendo-se a um envolvimento contínuo com a SEC e a comunidade cripto mais ampla. A organização também indicou que publicaria as suas recomendações publicamente para solicitar mais feedback.

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