O mercado em alta contínua parece próspero, mas os traders mais cautelosos já perceberam os sinais de perigo. A pressão na banda superior de Bollinger, a desaceleração dos indicadores técnicos, a estagnação das small caps no mercado — esses três sinais em uníssono nos dizem uma coisa: o mercado já entrou na zona de sobrecompra típica.

Mas há uma armadilha fácil de ignorar aqui: força do índice não equivale a uma alta generalizada das ações. O exemplo de hoje é ilustrativo — 3414 ações em queda, apenas 92 com limite de alta. O que essa grande disparidade significa? Significa que as instituições estão selecionando ações para subir, enquanto os investidores de varejo seguem de forma cega.

Aqui vão três dicas práticas para os traders. Primeira, realize vendas parciais em ativos que tiveram alta de mais de 30% no curto prazo, não sonhe em esperar que elas subam até o céu. Não conseguir vender no pico é normal, o importante é não deixar os lucros se transformarem em perdas. Segunda, os ativos de alta qualidade que foram erroneamente penalizados ainda valem a pena manter; quando o índice recuar, isso se torna uma excelente oportunidade de entrada a baixo preço. Terceira, seja qual for a situação, execute rigorosamente o stop-loss — entre 5% e 8% — para manter a disciplina e evitar impulsos emocionais.

A lição da história está diante de nós. Após uma forte queda em 2024, o mercado ainda demonstra uma resiliência forte, indicando que essa correção é apenas uma troca normal de mãos, uma manifestação do processo de auto-limpeza do mercado.

Por fim, uma frase clichê, mas que precisa ser reiterada: a essência do trading não é perseguir o índice, mas gerenciar bem sua posição. Acertar ou errar na previsão é secundário; estar vivo é o mais importante.