Investir no mercado nunca foi falta de personagens lendários. Eles deixam lições que valem a pena refletir repetidamente — essas sabedorias atravessaram um século e continuam a orientar a nova geração de traders.

Jesse Livermore é considerado o rei da especulação. Este cara, já em 1907, lucrou 3 milhões de dólares ao fazer uma venda a descoberto, e na véspera da Grande Depressão, em 1929, ganhou 100 milhões de dólares com uma previsão precisa do mercado de ações. Era o recorde de negociação individual na época. Seu segredo era simples: seguir a tendência. Operações de tendência, rompimentos de níveis-chave, controle rigoroso de posições — essa metodologia foi posteriormente escrita em "Reminiscences of a Stock Operator" e se tornou uma leitura fundamental para muitos traders. Mas Livermore acabou falindo várias vezes por excesso de alavancagem e perda de controle emocional, chegando a optar pelo suicídio. A ganância e o medo humanos muitas vezes são mais perigosos que o próprio mercado.

Vamos agora a George Soros. Este mestre joga o jogo do hedge macroeconômico. Em 1992, com o Quantum Fund, atacou a libra esterlina, obtendo um lucro de aproximadamente 1 bilhão de dólares em um único dia, forçando a saída do Reino Unido do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio. Sua teoria é a de reflexividade — o mercado não é uma pilha de números frios, mas sim impulsionado por vieses cognitivos humanos. Sua estratégia é encontrar "precificações incorretas" no mercado, usar alta alavancagem para apostar forte, mas sempre deixando uma saída para o risco de queda. Errar rápido, cortar perdas com decisão.

E ainda há veteranos como Bernard Baruch, William Gann… Cada um com sua história nos lembra: o mercado está sempre testando a natureza humana.