No final dos anos 70, uma tempestade de especulação que abalou o mundo financeiro desenrolou-se no mercado de metais preciosos. A origem parece simples: dois magnatas do petróleo identificaram uma mercadoria gravemente subvalorizada.
A família Hunt fez fortuna no petróleo, mas a nacionalização dos campos de petróleo na Líbia causou-lhes perdas superiores a 4 bilhões de dólares. Este enorme prejuízo levou-os a procurar novas oportunidades de investimento. O prata chamou a atenção — na altura, custava cerca de 2 dólares por onça, com uma procura industrial (fotografia, eletrónica) e de investimento (proteção contra a inflação) coexistindo, parecendo uma oportunidade de negócio garantida.
Eles uniram-se à realeza saudita e a várias corretoras, acumulando secretamente prata através de contas offshore. Até 1979, este consórcio controlava mais de 50% do estoque mundial de prata — 120 milhões de onças de prata à vista e 50 milhões de onças de futuros. Simultaneamente, estabeleceram posições longas massivas na Bolsa de Mercadorias de Nova York (COMEX) e na Bolsa de Futuros de Chicago (CBOT).
A fase de loucura começou em agosto de 1979. Em apenas cinco meses, o preço da prata disparou de 6 dólares para 50,35 dólares por onça, um aumento superior a 800%. O mercado saiu do controlo. Os consumidores começaram a derreter joias de prata para vender à vista; noiva na Índia vendia joias herdadas por pouco dinheiro para obter liquidez. A oferta foi completamente esgotada, e os preços continuaram a subir de forma descontrolada.
Esta foi a famosa crise da "Quinta-feira da Prata" — que acabou com o colapso do mercado, deixando os irmãos Hunt com dívidas superiores a 1,7 mil milhões de dólares. Este episódio não só reescreveu as regras do comércio de metais preciosos, como também se tornou um exemplo de advertência na história da regulação financeira. Até hoje, lembra os participantes do mercado: por mais elaborado que seja um plano de manipulação, ele não escapa às punições das leis do mercado.
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CoconutWaterBoy
· 12h atrás
Isto é realmente o cenário de sonho desfeito dos grandes investidores, com uma taxa de aprendizagem de 1,7 bilhões de dólares... É caro ou barato?
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FrontRunFighter
· 12h atrás
ngl isto é basicamente o ataque de sanduíche original... os irmãos hunt fizeram isso no comex em vez de no mempool. táticas clássicas do dark forest—acumular 50% da oferta, pressionar o mercado, assistir ao retail ser liquidado. a mecânica é idêntica ao que vemos na defi hoje, só que mais lenta e com mais contas offshore lmao
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ForkTrooper
· 12h atrás
Caso típico de ganância, um aumento de 800% soa bem, mas no final acabou com uma perda de 1,7 bilhões, por que será?
A bolha sempre explode quando chega ao limite, já devia ter percebido isso.
A cena da noiva indiana vendendo suas joias de casamento é triste de ver, os jogos dos ricos prejudicam sempre os mais pobres.
A história se repete, e alguns tubarões do mercado de criptomoedas ainda usam as mesmas táticas? Os investidores de varejo sempre entram na alta.
Contas offshore acumulando secretamente... tática conhecida, trocar o nome e o ativo, mas a essência nunca mudou.
Controlar 50% do estoque e ainda assim não conseguir segurar o preço, o que isso significa? O mercado é sempre mais inteligente do que você.
O prata daquela época é como alguns projetos de hoje, um grupo de pessoas inflando, e quem entra correndo acaba sendo o sacrificado.
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ParallelChainMaxi
· 13h atrás
Isto é o típico caso de ganância desmedida, como uma cobra que tenta engolir um elefante, e no final acaba sendo derrotada pelo mercado.
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GigaBrainAnon
· 13h atrás
Os grandes investidores típicos que querem controlar o mercado acabam sendo ensinados pelo mercado, ainda há pessoas que continuam a repetir esse velho roteiro no Web3.
No final dos anos 70, uma tempestade de especulação que abalou o mundo financeiro desenrolou-se no mercado de metais preciosos. A origem parece simples: dois magnatas do petróleo identificaram uma mercadoria gravemente subvalorizada.
A família Hunt fez fortuna no petróleo, mas a nacionalização dos campos de petróleo na Líbia causou-lhes perdas superiores a 4 bilhões de dólares. Este enorme prejuízo levou-os a procurar novas oportunidades de investimento. O prata chamou a atenção — na altura, custava cerca de 2 dólares por onça, com uma procura industrial (fotografia, eletrónica) e de investimento (proteção contra a inflação) coexistindo, parecendo uma oportunidade de negócio garantida.
Eles uniram-se à realeza saudita e a várias corretoras, acumulando secretamente prata através de contas offshore. Até 1979, este consórcio controlava mais de 50% do estoque mundial de prata — 120 milhões de onças de prata à vista e 50 milhões de onças de futuros. Simultaneamente, estabeleceram posições longas massivas na Bolsa de Mercadorias de Nova York (COMEX) e na Bolsa de Futuros de Chicago (CBOT).
A fase de loucura começou em agosto de 1979. Em apenas cinco meses, o preço da prata disparou de 6 dólares para 50,35 dólares por onça, um aumento superior a 800%. O mercado saiu do controlo. Os consumidores começaram a derreter joias de prata para vender à vista; noiva na Índia vendia joias herdadas por pouco dinheiro para obter liquidez. A oferta foi completamente esgotada, e os preços continuaram a subir de forma descontrolada.
Esta foi a famosa crise da "Quinta-feira da Prata" — que acabou com o colapso do mercado, deixando os irmãos Hunt com dívidas superiores a 1,7 mil milhões de dólares. Este episódio não só reescreveu as regras do comércio de metais preciosos, como também se tornou um exemplo de advertência na história da regulação financeira. Até hoje, lembra os participantes do mercado: por mais elaborado que seja um plano de manipulação, ele não escapa às punições das leis do mercado.