20 de abril de 2024 tornou-se um momento de viragem para o Bitcoin. Justamente nesse dia, coincidindo com o quarto halving da rede, surgiu o protocolo Runes — uma solução inovadora para a criação de ativos digitais fungíveis. Desenvolvido por Casey Rodarmor (autor do protocolo Ordinals), este padrão abre um novo capítulo na evolução da principal criptomoeda, permitindo que o Bitcoin concorra com outros blockchains na área de tokenização de ativos e aplicações descentralizadas.
Por que Runes é mais do que apenas um novo padrão de tokens?
Runes não adiciona apenas funcionalidades ao Bitcoin. É uma mudança fundamental na forma como a rede lida com ativos digitais, mantendo seus princípios básicos de segurança e descentralização.
Inovação-chave: em vez de soluções complexas em múltiplos níveis, Runes usa uma abordagem minimalista, incorporando os dados dos tokens diretamente nas transações do Bitcoin. Isso significa que cada token Runes vive e respira junto com a própria rede, sem necessidade de infraestrutura paralela ou transferências complicadas entre sistemas.
O lançamento do protocolo demonstrou imediatamente sua demanda: as taxas de transação no Bitcoin dispararam para $170, refletindo um influxo enorme de atividade. Não foi apenas uma estreia técnica — foi uma explosão de interesse do mercado.
Como exatamente funcionam os Runes?
Compreender a mecânica dos Runes exige conhecimento de suas bases arquitetônicas. O protocolo é construído sobre dois elementos-chave do Bitcoin: modelo UTXO e saídas OP_RETURN.
UTXO: Fundamento dos Runes
O modelo UTXO (Unspent Transaction Output) é o coração do Bitcoin. Em vez de um sistema de contas tradicional, onde se armazena o saldo do usuário, o Bitcoin usa o modelo de saídas. Cada transação cria novas saídas que podem ser gastas futuramente. Runes é incorporado a esse sistema de forma tão fluida que não requer mudanças nele.
Ao criar um token Runes (o processo é chamado de “etching”), você define suas características: nome, divisibilidade, oferta máxima. Essas informações são codificadas em uma mensagem especial — Runestone — e armazenadas na saída da transação.
OP_RETURN: Inserção mínima
O padrão BRC-20 exige o registro de grandes volumes de dados na blockchain, aumentando seu tamanho e sobrecarregando a rede. Runes resolve esse problema de forma elegante: usando uma saída OP_RETURN (que pode conter até 80 bytes de dados arbitrários), o protocolo minimiza o uso de espaço.
Isso é crítico. Quanto menor o volume de dados na blockchain, mais rápida é a rede, menores as taxas de transação, maior sua escalabilidade.
Operações: Desde a criação até a transferência
Criação do token: o desenvolvedor define os parâmetros (nome, símbolo, quantidade máxima) e envia uma transação com Runestone. Esse momento fica registrado na blockchain para sempre.
Emissão: os tokens são emitidos de acordo com as regras estabelecidas na criação. Alguns tokens Runes têm limites diários de emissão, outros — emissão ilimitada. Essa flexibilidade de design.
Transferência: enviar tokens para outro usuário também é codificado na transação do Bitcoin, enquanto o sistema acompanha automaticamente os saldos via UTXO.
Aplicações práticas: Quais projetos já usam Runes?
As primeiras semanas após o lançamento de Runes mostraram que o mercado estava preparado. Surgiram alguns projetos de destaque:
Runestone
Runestone — não é apenas um token, é uma ponte entre a antiga era do Bitcoin e a nova. O projeto abrange mais de 112.000 ativos Ordinals, distribuídos gratuitamente entre os detentores no primeiro ano de existência do protocolo. Quem recebeu Runestone foi incluído no programa de airdrops: os três primeiros airdrops serão distribuídos após o lançamento oficial de Runes.
Foi uma estratégia genial: criar uma comunidade inicial de adeptos que promovem o protocolo organicamente.
RSIC•GENESIS•RUNE
Um projeto menos conhecido, mas igualmente impressionante. RSIC•GENESIS•RUNE acumulou em poucas semanas uma capitalização de mercado superior a $325 milhões. É uma prova de que o mercado deseja novas formas de criar ativos no Bitcoin.
Meme-coins e comunidade
Onde há uma barreira de entrada baixa, nascem meme-coins. Runes tornou a criação de tokens acessível, e a comunidade aproveitou imediatamente essa oportunidade. De Rune Pups a Runevo — o ecossistema se encheu de projetos geridos pela comunidade.
Runes no contexto de outros padrões: Comparação
Runes não existe isoladamente. Em torno do Bitcoin, há outros padrões de tokens. Como eles se comparam?
BRC-20: Pioneiro com grande popularidade
BRC-20 foi o primeiro grande padrão para tokens no Bitcoin. Usa o mecanismo de inscrições Ordinals, gravando dados diretamente na satoshi. É elegante, mas ineficiente: cada inscrição ocupa espaço adicional na blockchain.
Resultado? Quando o BRC-20 se popularizou, as taxas no Bitcoin dispararam. Runes resolve esse problema ao minimizar os dados, tornando-se mais escalável.
SRC-20: Imutabilidade como vantagem
SRC-20 é semelhante ao Runes no uso do UTXO, mas difere na filosofia: os dados gravados no SRC-20 são imutáveis. Isso pode ser vantajoso para certos casos de uso (por exemplo, para documentos que nunca devem ser alterados), mas reduz a flexibilidade.
ARC-20: Atomicismo como solução
ARC-20 funciona com base no protocolo Atomicals, vinculando cada token a um satoshi específico. Isso garante uma gravação contínua de dados, mas exige mais recursos para gerenciar satoshis individuais.
Comparação final
Padrão
Armazenamento
Escalabilidade
Flexibilidade
Adoção
Runes
OP_RETURN + UTXO
Alta
Alta
Crescente
BRC-20
Ordinals
Média
Baixa
Alta
SRC-20
UTXO
Média
Média
Baixa
ARC-20
Atomicals
Baixa
Alta
Baixa
Desafios técnicos: O que impede o Runes?
Apesar da inovação, Runes enfrenta alguns problemas reais.
Compatibilidade com carteiras e nós
Nós e carteiras do Bitcoin foram desenvolvidos para transações simples. Suporte ao Runes exige atualização de software. Isso cria fragmentação: nem todas as carteiras suportam Runes, nem todos os nós entendem o novo padrão. Isso desacelera a adoção.
Escalabilidade sob questionamento
Embora Runes minimize o volume de dados, a escalabilidade ainda é uma questão aberta. O que acontecerá se milhares de projetos começarem a emitir tokens? A rede Bitcoin consegue suportar essa carga?
Taxas: a verdade desconfortável
Após o lançamento de Runes, as taxas no Bitcoin variaram bastante. O pico atingiu $170, depois caiu. Mas uma coisa é clara: a popularidade dos novos padrões de tokens realmente sobrecarrega a rede. Usuários comuns podem simplesmente não conseguir enviar bitcoins quando as taxas estão altas.
Segurança: território desconhecido
Runes é um protocolo jovem. Ainda não há uma longa história de como ele se comporta sob pressão. Vulnerabilidades são possíveis? Malfeitores podem explorar o mecanismo Runestone? O tempo dirá.
Por onde começar? Caminho prático
Se você quer trabalhar com Runes:
Passo 1: Educação — Estude como funcionam UTXO e OP_RETURN no contexto do Bitcoin. Runes não é difícil, mas exige compreensão dos fundamentos.
Passo 2: Escolha uma carteira — Nem todas suportam Runes. ME Wallet e algumas outras oferecem a funcionalidade necessária. Certifique-se de que a carteira escolhida sincroniza com o modelo UTXO.
Passo 3: Acumule Bitcoin — Você precisará de BTC para taxas. Mesmo uma quantidade pequena. Compre, transfira para a carteira.
Passo 4: Experimente — Tente enviar um token, criar o seu, participar de airdrops. A experiência é o melhor professor.
Passo 5: Acompanhe o desenvolvimento — O ecossistema Runes muda rapidamente. Twitter, canais oficiais, comunidades — todas essas fontes de informação sobre novas possibilidades e riscos.
Dilema competitivo: Ordinals vs. Runes
Bitcoin Ordinals e Runes — ambos criações de Casey Rodarmor — são abordagens completamente diferentes.
Ordinals gravam dados diretamente na satoshi, criando NFTs e artefatos digitais. É como assinar uma obra e pendurá-la em um museu. Único, mas requer espaço.
Runes usa um método mais eficiente — OP_RETURN. É como registrar em um registro que você possui uma certa quantidade de tokens. Menos espaço, mais funcionalidade.
Conclusão? Para itens colecionáveis, Ordinals são ideais. Para ativos funcionais, fungíveis e intercambiáveis — Runes.
Futuro: Otimismo e ceticismo
A comunidade do Bitcoin está dividida. Alguns veem em Runes um futuro que transformará o Bitcoin em um concorrente do Ethereum. Outros temem que a complexidade de um blockchain simples destrua sua essência.
Cenário otimista
Runes se torna padrão. Desenvolvedores lançam instrumentos financeiros complexos, stablecoins, tokens utilitários. Lightning Network se integra ao Runes, garantindo transações rápidas e baratas. O Bitcoin se transforma numa plataforma universal, sem perder sua segurança.
Cenário cético
Taxas permanecem altas. Nós não atualizam rápido o suficiente. A fragmentação da rede se torna um problema. Runes permanece uma norma de nicho, usada por entusiastas, mas não em massa.
A realidade provavelmente estará em algum ponto intermediário. Runes terá aplicação em segmentos específicos ( meme-coins, ativos colecionáveis, tokens utilitários), mas não revolucionará o Bitcoin de uma hora para outra.
Conclusão: Uma nova era do Bitcoin começou
O lançamento de Runes em 20 de abril de 2024 marcou o início de uma nova era. O Bitcoin não é mais apenas ouro digital — está se tornando uma plataforma para ativos digitais. O protocolo demonstra que é possível ampliar a funcionalidade do Bitcoin sem violar seus princípios fundamentais.
Runes é mais eficiente, escalável e flexível do que o BRC-20. O ecossistema já está sendo preenchido por projetos. Os primeiros dados mostram interesse crescente. Sim, ainda há questões — compatibilidade, segurança, escalabilidade a longo prazo.
Mas uma coisa é clara: o Bitcoin evolui, e Runes é um dos indicadores mais interessantes dessa evolução.
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Runes: Revolução na padronização de tokens na Bitcoin
20 de abril de 2024 tornou-se um momento de viragem para o Bitcoin. Justamente nesse dia, coincidindo com o quarto halving da rede, surgiu o protocolo Runes — uma solução inovadora para a criação de ativos digitais fungíveis. Desenvolvido por Casey Rodarmor (autor do protocolo Ordinals), este padrão abre um novo capítulo na evolução da principal criptomoeda, permitindo que o Bitcoin concorra com outros blockchains na área de tokenização de ativos e aplicações descentralizadas.
Por que Runes é mais do que apenas um novo padrão de tokens?
Runes não adiciona apenas funcionalidades ao Bitcoin. É uma mudança fundamental na forma como a rede lida com ativos digitais, mantendo seus princípios básicos de segurança e descentralização.
Inovação-chave: em vez de soluções complexas em múltiplos níveis, Runes usa uma abordagem minimalista, incorporando os dados dos tokens diretamente nas transações do Bitcoin. Isso significa que cada token Runes vive e respira junto com a própria rede, sem necessidade de infraestrutura paralela ou transferências complicadas entre sistemas.
O lançamento do protocolo demonstrou imediatamente sua demanda: as taxas de transação no Bitcoin dispararam para $170, refletindo um influxo enorme de atividade. Não foi apenas uma estreia técnica — foi uma explosão de interesse do mercado.
Como exatamente funcionam os Runes?
Compreender a mecânica dos Runes exige conhecimento de suas bases arquitetônicas. O protocolo é construído sobre dois elementos-chave do Bitcoin: modelo UTXO e saídas OP_RETURN.
UTXO: Fundamento dos Runes
O modelo UTXO (Unspent Transaction Output) é o coração do Bitcoin. Em vez de um sistema de contas tradicional, onde se armazena o saldo do usuário, o Bitcoin usa o modelo de saídas. Cada transação cria novas saídas que podem ser gastas futuramente. Runes é incorporado a esse sistema de forma tão fluida que não requer mudanças nele.
Ao criar um token Runes (o processo é chamado de “etching”), você define suas características: nome, divisibilidade, oferta máxima. Essas informações são codificadas em uma mensagem especial — Runestone — e armazenadas na saída da transação.
OP_RETURN: Inserção mínima
O padrão BRC-20 exige o registro de grandes volumes de dados na blockchain, aumentando seu tamanho e sobrecarregando a rede. Runes resolve esse problema de forma elegante: usando uma saída OP_RETURN (que pode conter até 80 bytes de dados arbitrários), o protocolo minimiza o uso de espaço.
Isso é crítico. Quanto menor o volume de dados na blockchain, mais rápida é a rede, menores as taxas de transação, maior sua escalabilidade.
Operações: Desde a criação até a transferência
Criação do token: o desenvolvedor define os parâmetros (nome, símbolo, quantidade máxima) e envia uma transação com Runestone. Esse momento fica registrado na blockchain para sempre.
Emissão: os tokens são emitidos de acordo com as regras estabelecidas na criação. Alguns tokens Runes têm limites diários de emissão, outros — emissão ilimitada. Essa flexibilidade de design.
Transferência: enviar tokens para outro usuário também é codificado na transação do Bitcoin, enquanto o sistema acompanha automaticamente os saldos via UTXO.
Aplicações práticas: Quais projetos já usam Runes?
As primeiras semanas após o lançamento de Runes mostraram que o mercado estava preparado. Surgiram alguns projetos de destaque:
Runestone
Runestone — não é apenas um token, é uma ponte entre a antiga era do Bitcoin e a nova. O projeto abrange mais de 112.000 ativos Ordinals, distribuídos gratuitamente entre os detentores no primeiro ano de existência do protocolo. Quem recebeu Runestone foi incluído no programa de airdrops: os três primeiros airdrops serão distribuídos após o lançamento oficial de Runes.
Foi uma estratégia genial: criar uma comunidade inicial de adeptos que promovem o protocolo organicamente.
RSIC•GENESIS•RUNE
Um projeto menos conhecido, mas igualmente impressionante. RSIC•GENESIS•RUNE acumulou em poucas semanas uma capitalização de mercado superior a $325 milhões. É uma prova de que o mercado deseja novas formas de criar ativos no Bitcoin.
Meme-coins e comunidade
Onde há uma barreira de entrada baixa, nascem meme-coins. Runes tornou a criação de tokens acessível, e a comunidade aproveitou imediatamente essa oportunidade. De Rune Pups a Runevo — o ecossistema se encheu de projetos geridos pela comunidade.
Runes no contexto de outros padrões: Comparação
Runes não existe isoladamente. Em torno do Bitcoin, há outros padrões de tokens. Como eles se comparam?
BRC-20: Pioneiro com grande popularidade
BRC-20 foi o primeiro grande padrão para tokens no Bitcoin. Usa o mecanismo de inscrições Ordinals, gravando dados diretamente na satoshi. É elegante, mas ineficiente: cada inscrição ocupa espaço adicional na blockchain.
Resultado? Quando o BRC-20 se popularizou, as taxas no Bitcoin dispararam. Runes resolve esse problema ao minimizar os dados, tornando-se mais escalável.
SRC-20: Imutabilidade como vantagem
SRC-20 é semelhante ao Runes no uso do UTXO, mas difere na filosofia: os dados gravados no SRC-20 são imutáveis. Isso pode ser vantajoso para certos casos de uso (por exemplo, para documentos que nunca devem ser alterados), mas reduz a flexibilidade.
ARC-20: Atomicismo como solução
ARC-20 funciona com base no protocolo Atomicals, vinculando cada token a um satoshi específico. Isso garante uma gravação contínua de dados, mas exige mais recursos para gerenciar satoshis individuais.
Comparação final
Desafios técnicos: O que impede o Runes?
Apesar da inovação, Runes enfrenta alguns problemas reais.
Compatibilidade com carteiras e nós
Nós e carteiras do Bitcoin foram desenvolvidos para transações simples. Suporte ao Runes exige atualização de software. Isso cria fragmentação: nem todas as carteiras suportam Runes, nem todos os nós entendem o novo padrão. Isso desacelera a adoção.
Escalabilidade sob questionamento
Embora Runes minimize o volume de dados, a escalabilidade ainda é uma questão aberta. O que acontecerá se milhares de projetos começarem a emitir tokens? A rede Bitcoin consegue suportar essa carga?
Taxas: a verdade desconfortável
Após o lançamento de Runes, as taxas no Bitcoin variaram bastante. O pico atingiu $170, depois caiu. Mas uma coisa é clara: a popularidade dos novos padrões de tokens realmente sobrecarrega a rede. Usuários comuns podem simplesmente não conseguir enviar bitcoins quando as taxas estão altas.
Segurança: território desconhecido
Runes é um protocolo jovem. Ainda não há uma longa história de como ele se comporta sob pressão. Vulnerabilidades são possíveis? Malfeitores podem explorar o mecanismo Runestone? O tempo dirá.
Por onde começar? Caminho prático
Se você quer trabalhar com Runes:
Passo 1: Educação — Estude como funcionam UTXO e OP_RETURN no contexto do Bitcoin. Runes não é difícil, mas exige compreensão dos fundamentos.
Passo 2: Escolha uma carteira — Nem todas suportam Runes. ME Wallet e algumas outras oferecem a funcionalidade necessária. Certifique-se de que a carteira escolhida sincroniza com o modelo UTXO.
Passo 3: Acumule Bitcoin — Você precisará de BTC para taxas. Mesmo uma quantidade pequena. Compre, transfira para a carteira.
Passo 4: Experimente — Tente enviar um token, criar o seu, participar de airdrops. A experiência é o melhor professor.
Passo 5: Acompanhe o desenvolvimento — O ecossistema Runes muda rapidamente. Twitter, canais oficiais, comunidades — todas essas fontes de informação sobre novas possibilidades e riscos.
Dilema competitivo: Ordinals vs. Runes
Bitcoin Ordinals e Runes — ambos criações de Casey Rodarmor — são abordagens completamente diferentes.
Ordinals gravam dados diretamente na satoshi, criando NFTs e artefatos digitais. É como assinar uma obra e pendurá-la em um museu. Único, mas requer espaço.
Runes usa um método mais eficiente — OP_RETURN. É como registrar em um registro que você possui uma certa quantidade de tokens. Menos espaço, mais funcionalidade.
Conclusão? Para itens colecionáveis, Ordinals são ideais. Para ativos funcionais, fungíveis e intercambiáveis — Runes.
Futuro: Otimismo e ceticismo
A comunidade do Bitcoin está dividida. Alguns veem em Runes um futuro que transformará o Bitcoin em um concorrente do Ethereum. Outros temem que a complexidade de um blockchain simples destrua sua essência.
Cenário otimista
Runes se torna padrão. Desenvolvedores lançam instrumentos financeiros complexos, stablecoins, tokens utilitários. Lightning Network se integra ao Runes, garantindo transações rápidas e baratas. O Bitcoin se transforma numa plataforma universal, sem perder sua segurança.
Cenário cético
Taxas permanecem altas. Nós não atualizam rápido o suficiente. A fragmentação da rede se torna um problema. Runes permanece uma norma de nicho, usada por entusiastas, mas não em massa.
A realidade provavelmente estará em algum ponto intermediário. Runes terá aplicação em segmentos específicos ( meme-coins, ativos colecionáveis, tokens utilitários), mas não revolucionará o Bitcoin de uma hora para outra.
Conclusão: Uma nova era do Bitcoin começou
O lançamento de Runes em 20 de abril de 2024 marcou o início de uma nova era. O Bitcoin não é mais apenas ouro digital — está se tornando uma plataforma para ativos digitais. O protocolo demonstra que é possível ampliar a funcionalidade do Bitcoin sem violar seus princípios fundamentais.
Runes é mais eficiente, escalável e flexível do que o BRC-20. O ecossistema já está sendo preenchido por projetos. Os primeiros dados mostram interesse crescente. Sim, ainda há questões — compatibilidade, segurança, escalabilidade a longo prazo.
Mas uma coisa é clara: o Bitcoin evolui, e Runes é um dos indicadores mais interessantes dessa evolução.