O índice do dólar caiu para 97.95, atingindo o desempenho mais fraco desde 2017, com uma queda de 9.7% no ano. A força motriz por trás é bastante clara — instituições apostando que o Federal Reserve ainda cortará as taxas duas vezes no próximo ano, além de preocupações com a credibilidade do dólar provocadas pela política de tarifas de Trump.

De acordo com a lógica convencional, a fraqueza do dólar deveria impulsionar ativos cotados em dólar, como o Bitcoin. Mas a realidade contrariou essa expectativa. O BTC ainda está a oscilar perto de 88000, sem seguir a depreciação do dólar e formar uma tendência independente.

Onde está o problema? Na prioridade do jogo de liquidez. O bolso das instituições no final do ano é limitado, e ao ajustar suas carteiras, naturalmente, fazem uma análise cuidadosa. E qual foi o resultado? As ações americanas (S&P 500 este ano subiu 18%) e os metais preciosos aproveitaram as posições mais vantajosas, enquanto as criptomoedas só podem esperar na fila.

Por quanto tempo esse desequilíbrio pode durar? Isso depende de como será a história no próximo ano. Se o ambiente macroeconômico mudar novamente, o equilíbrio do fluxo de fundos pode inverter drasticamente.