A transparência também pode ferir.

No mundo on-chain, cada transação é registrada de forma permanente. O tamanho da sua posição, o preço de entrada, o momento de saída, tudo fica exposto ao público. Para os investidores individuais, isso é uma espada de dois gumes — a informação é simétrica, mas também significa que suas estratégias podem ser facilmente vistas por grandes players, tornando-se alvo de ataques.

Configurações de equipe em jogos, implantação de liquidez em DeFi, mudanças nas posições das exchanges... Essas decisões comerciais que deveriam ser confidenciais, em um ambiente excessivamente transparente, acabam se tornando informações para os adversários. A profundidade estratégica real é prejudicada, e o mercado se transforma em um jogo de soma zero onde a informação domina.

A importância dos mecanismos de proteção de privacidade torna-se então evidente. Somente ao introduzir privacidade controlada em certos pontos, os participantes do mercado podem ter espaço para pensar, competir, ao invés de serem forçados a revelar cada movimento. Não se trata de se opor à transparência, mas de encontrar um equilíbrio entre transparência e privacidade — protegendo as partes que realmente precisam de confidencialidade, enquanto mantém a confiança básica do mercado.