A finança islâmica representa um mercado considerável com cerca de 1,9 bilhão de muçulmanos no mundo. Muitos adeptos desta confissão desejam participar nas atividades de trading, mas encontram-se com restrições relacionadas aos princípios da Sharia (lei islâmica) sobre certos métodos de trading modernos.
Várias plataformas afirmam oferecer serviços em conformidade com os princípios islâmicos, mas essas afirmações merecem um exame aprofundado. Como muçulmano que realizou pesquisas pessoais e consultou várias autoridades islâmicas, identifiquei os principais obstáculos e as soluções potenciais para tornar a negociação com margem compatível com os princípios da Sharia.
Por que certos tipos de negociação são considerados Haram?
A negociação em margem, com efeito de alavancagem e os contratos futuros são geralmente considerados não conformes (Haram) no Islã por duas razões fundamentais. Esses obstáculos poderiam ser superados pelas plataformas de negociação, permitindo-lhes assim acessar um mercado potencial de 1,9 bilhões de pessoas.
O efeito de alavancagem e o conceito de Riba (juros)
O efeito de alavancagem é considerado Haram porque a plataforma recebe dinheiro em troca de um empréstimo concedido ao trader, o que se assemelha ao Riba (juros) proibido no Islã. No entanto, a partilha dos lucros é perfeitamente lícita (Halal). A solução poderia ser a seguinte: cobrar apenas taxas sobre transações bem-sucedidas, sem cobrar taxas sobre transações deficitárias. Essas taxas poderiam ser relativamente altas para cobrir os custos operacionais da plataforma em caso de falha de algumas transações. Essa abordagem criaria uma situação mutuamente benéfica.
A negociação em margem e o princípio da propriedade
O trading em margem e os contratos futuros são considerados Haram porque o Islã proíbe a venda de bens que não se possui realmente (Gharar). Para resolver este problema, as plataformas poderiam transferir temporariamente o montante alavancado para a conta do trader exclusivamente para a abertura de uma posição específica. Ao encerramento da posição, a plataforma poderia recuperar este montante emprestado. Naturalmente, um mecanismo técnico seria necessário para garantir que esses fundos sejam utilizados apenas para a transação prevista.
Alternativas em conformidade com os princípios islâmicos
A negociação à vista (spot) é geralmente considerada Halal no Islamismo. No entanto, como muitos traders sabem, não oferece as mesmas oportunidades de rendimento que a negociação alavancada ou os contratos futuros.
O setor das finanças islâmicas está a experimentar um crescimento significativo, com projeções que indicam que os ativos poderão atingir quase 4,94 trilhões USD até 2025. Esta evolução vem acompanhada de um aumento das plataformas digitais que oferecem serviços em conformidade com a Sharia através de aplicações móveis e interfaces amigáveis.
Para as plataformas de negociação que desejam se adaptar a este mercado em expansão, a implementação de soluções técnicas que atendam aos princípios islâmicos representa uma oportunidade estratégica considerável. A inovação neste campo poderia permitir a oferta de instrumentos financeiros eficazes, respeitando ao mesmo tempo os valores e princípios fundamentais da finança islâmica.
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O trading com efeito de alavancagem no Islão: desafios e soluções para as plataformas de trading
A finança islâmica representa um mercado considerável com cerca de 1,9 bilhão de muçulmanos no mundo. Muitos adeptos desta confissão desejam participar nas atividades de trading, mas encontram-se com restrições relacionadas aos princípios da Sharia (lei islâmica) sobre certos métodos de trading modernos.
Várias plataformas afirmam oferecer serviços em conformidade com os princípios islâmicos, mas essas afirmações merecem um exame aprofundado. Como muçulmano que realizou pesquisas pessoais e consultou várias autoridades islâmicas, identifiquei os principais obstáculos e as soluções potenciais para tornar a negociação com margem compatível com os princípios da Sharia.
Por que certos tipos de negociação são considerados Haram?
A negociação em margem, com efeito de alavancagem e os contratos futuros são geralmente considerados não conformes (Haram) no Islã por duas razões fundamentais. Esses obstáculos poderiam ser superados pelas plataformas de negociação, permitindo-lhes assim acessar um mercado potencial de 1,9 bilhões de pessoas.
O efeito de alavancagem e o conceito de Riba (juros) O efeito de alavancagem é considerado Haram porque a plataforma recebe dinheiro em troca de um empréstimo concedido ao trader, o que se assemelha ao Riba (juros) proibido no Islã. No entanto, a partilha dos lucros é perfeitamente lícita (Halal). A solução poderia ser a seguinte: cobrar apenas taxas sobre transações bem-sucedidas, sem cobrar taxas sobre transações deficitárias. Essas taxas poderiam ser relativamente altas para cobrir os custos operacionais da plataforma em caso de falha de algumas transações. Essa abordagem criaria uma situação mutuamente benéfica.
A negociação em margem e o princípio da propriedade O trading em margem e os contratos futuros são considerados Haram porque o Islã proíbe a venda de bens que não se possui realmente (Gharar). Para resolver este problema, as plataformas poderiam transferir temporariamente o montante alavancado para a conta do trader exclusivamente para a abertura de uma posição específica. Ao encerramento da posição, a plataforma poderia recuperar este montante emprestado. Naturalmente, um mecanismo técnico seria necessário para garantir que esses fundos sejam utilizados apenas para a transação prevista.
Alternativas em conformidade com os princípios islâmicos
A negociação à vista (spot) é geralmente considerada Halal no Islamismo. No entanto, como muitos traders sabem, não oferece as mesmas oportunidades de rendimento que a negociação alavancada ou os contratos futuros.
O setor das finanças islâmicas está a experimentar um crescimento significativo, com projeções que indicam que os ativos poderão atingir quase 4,94 trilhões USD até 2025. Esta evolução vem acompanhada de um aumento das plataformas digitais que oferecem serviços em conformidade com a Sharia através de aplicações móveis e interfaces amigáveis.
Para as plataformas de negociação que desejam se adaptar a este mercado em expansão, a implementação de soluções técnicas que atendam aos princípios islâmicos representa uma oportunidade estratégica considerável. A inovação neste campo poderia permitir a oferta de instrumentos financeiros eficazes, respeitando ao mesmo tempo os valores e princípios fundamentais da finança islâmica.