
RPC, sigla para Remote Procedure Call (Chamada de Procedimento Remoto), é um mecanismo que permite que sua carteira ou aplicação acione remotamente nós de blockchain e obtenha respostas. Funciona como um atendimento remoto: você informa a solicitação, o sistema executa em segundo plano e retorna o resultado.
No universo blockchain, RPC é utilizado para dois objetivos principais: leitura de dados (como saldos de contas ou estados de smart contracts) e envio de transações (transmissão de transações assinadas localmente para a rede). As solicitações RPC mais comuns são feitas via HTTP ou WebSocket, com mensagens no formato JSON-RPC—um texto estruturado que define a ação, os parâmetros obrigatórios e a resposta esperada.
O RPC permite que DApps e carteiras acessem dados on-chain e transmitam transações sem precisar executar um nó blockchain completo. Ele serve como ponte entre aplicações e a rede blockchain.
Exemplo:
Para exchanges ou serviços agregadores, o backend utiliza RPC para verificar status de depósitos, confirmar alturas de bloco e monitorar eventos. Um RPC eficiente impacta diretamente o tempo de resposta das páginas e o desempenho das transações.
O RPC opera como um diálogo de "requisição-resposta": a aplicação envia uma solicitação com o nome do método e os parâmetros necessários; o nó recebe, executa e retorna dados ou uma mensagem de erro.
Solicitações de leitura normalmente não alteram o estado da blockchain—exemplos incluem consultar saldos ou informações de blocos. Solicitações de envio de transações incluem dados assinados localmente; o nó apenas retransmite à rede, sem assinar em seu lugar ou acessar sua chave privada.
O fluxo padrão envolve: frontend chamando uma API backend, que encaminha para um nó RPC; ou o frontend conectando diretamente a um serviço RPC. Para monitorar novos blocos ou eventos, conexões WebSocket mantêm o canal ativo para notificações push em tempo real.
Os tipos de RPC se classificam pelo método de provisionamento e protocolo de transporte. Quanto ao provisionamento, há RPCs públicos, privados/pagos e expostos por nós próprios. RPCs públicos são práticos, mas geralmente limitados; pagos ou dedicados oferecem maior estabilidade; nós próprios exigem manutenção, mas garantem controle total.
Pelo protocolo de transporte: HTTP é ideal para solicitações pontuais; WebSocket é indicado para assinaturas contínuas. Por exemplo, monitorar novos blocos ou eventos de contrato é mais eficiente via WebSocket para notificações em tempo real.
JSON-RPC é o formato de mensagem predominante, especificando métodos, parâmetros e IDs de solicitação, com resultados ou códigos de erro nas respostas. Em 2025, os principais ecossistemas de Ethereum ainda adotam JSON-RPC 2.0 como padrão, enquanto assinaturas de eventos utilizam cada vez mais WebSocket.
A maioria das carteiras permite adicionar ou alterar o endereço RPC da rede para conectar ao endpoint de sua escolha.
Passo 1: Acesse as configurações de rede da carteira e selecione a blockchain que deseja adicionar ou editar (exemplo: Ethereum mainnet ou testnet).
Passo 2: Insira a URL do RPC (endereço de serviço) e o ChainID (identificador da rede). O ChainID evita que transações sejam enviadas para redes erradas.
Passo 3: Informe o nome da rede e a URL do explorador de blocos para facilitar a conferência de transações e saldos.
Passo 4: Após salvar, faça um teste simples—verifique se o saldo aparece corretamente e se as transações podem ser transmitidas e confirmadas. Na carteira Web3 da Gate, o procedimento é similar; sempre confira se o RPC e o ChainID correspondem à documentação da rede de destino.
Dê preferência a serviços RPC que garantam estabilidade, baixa latência e dados precisos. Métricas essenciais incluem disponibilidade, limites de taxa, redes e métodos suportados, latência geográfica e política de privacidade.
Desenvolvedores devem observar SLAs, taxas de erro, limites máximos, qualidade de assinaturas WebSocket e monitoramento de logs; sempre mantenha endpoints de backup para failover. Para usuários, os RPCs recomendados pela carteira costumam ser confiáveis; alternativamente, escolha serviços com documentação clara e páginas de status.
Em operações de alta frequência, opte por RPCs dedicados ou próprios, com balanceamento de carga e pontos de acesso local; separe operações de leitura e escrita para evitar congestionamento.
O nó executa o software blockchain e participa do consenso e da sincronização de dados—funciona como um "servidor". A interface RPC é a "janela de serviço" para solicitações externas.
Ou seja: o nó é o "sistema backend", enquanto o RPC é a "interface frontend". Você pode acessar a rede por meio de RPCs de terceiros sem rodar seu próprio nó; ou operar um nó próprio com RPC aberto para máximo controle e privacidade.
Os problemas mais frequentes decorrem de parâmetros incorretos, configurações de rede ou estado on-chain incompatível. Resolva seguindo estes passos:
Principais riscos envolvem confiabilidade dos dados, disponibilidade do serviço e privacidade. Provedores de RPC maliciosos ou instáveis podem retornar dados incorretos, levando a decisões equivocadas; quedas de serviço podem impedir acesso a dados on-chain ou bloquear transações.
No aspecto de privacidade, as requisições contêm seu endereço e padrões de atividade que podem ser analisados; jamais compartilhe sua chave privada com qualquer RPC—sempre assine transações localmente. Se notar resultados anormais, confira em um explorador de blocos ou alterne entre endpoints RPC diferentes.
Em operações financeiras, sempre inicie com pequenas transações de teste para garantir processamento correto antes de aumentar os valores; mantenha RPCs de backup e planos offline para situações críticas.
RPC é o canal de comunicação entre aplicações blockchain e nós—responsável tanto pela consulta de dados quanto pela transmissão de transações. Entender o fluxo de solicitação-resposta, escolher protocolos e provedores adequados impacta diretamente a experiência do usuário e a segurança. Configurar corretamente URLs de RPC e ChainIDs na carteira—e realizar testes com pequenas transações—mitiga riscos. Para lidar com erros ou falhas, mantenha RPCs de backup, confira resultados em exploradores de blocos e sempre assine transações localmente para maior segurança e confiabilidade dos ativos.
A lentidão nas transações via RPC costuma ser causada por três fatores: alta carga nos nós do provedor, conexão de rede pessoal ruim ou endpoint instável. Migre para serviços RPC de alto desempenho recomendados por plataformas como Gate, ou configure múltiplos endereços de backup para failover automático em caso de oscilações de rede.
RPCs gratuitos são mantidos pela comunidade e podem sofrer limitações de taxa, quedas ou lentidão—adequados para uso leve. RPCs pagos oferecem SLAs empresariais, velocidades estáveis, acesso prioritário e suporte técnico robusto—ideais para operações frequentes ou comerciais. Iniciantes podem começar com opções gratuitas; conforme o volume aumenta, migre para planos pagos.
Rodar um nó completo exige hardware avançado e custos contínuos de energia e banda larga—com investimento inicial acima de US$700. Já o uso de RPC envolve pagamentos por requisição, de alguns dólares até centenas por mês. Para a maioria, RPC externo é mais acessível—exceto em casos de necessidade de implantação privada ou maior privacidade de dados.
Normalmente, isso indica limite de taxa atingido ou formato de requisição incorreto. Soluções incluem: validar a chave de API; reduzir a frequência das requisições; aguardar alguns minutos antes de tentar novamente; ou trocar de endpoint. Em produção, avalie migrar para planos pagos e acione o suporte técnico do provedor.
Sim—isso se chama configuração redundante de RPC. A maioria das carteiras e DApps aceita endpoints de backup, alternando automaticamente o tráfego em caso de falha do RPC principal, garantindo serviço contínuo. Plataformas como Gate oferecem múltiplos nós combináveis para elevar a disponibilidade das transações e a estabilidade de velocidade.


